13 dezembro 2005

 

«Eyewitness Evidence – A Guide for Law Enforcement»

Escrevia Janet Reno, Procuradora-Geral dos Estados Unidos da América, em Outubro de 1999, ao apresentar o «Eyewitness Evidence – A Guide for Law Enforcement» (http://www.ncjrs.org/pdffiles1/nij/178240.pdf), documento elaborado por um grupo de peritos entre os quais se contavam, por exemplo, Gary Wells, Ronald Fisher, Solomon Fulero, Roy Malpass e Rod Lindsay:
«As testemunhas oculares desempenham um papel crucial na descoberta da verdade quanto a um crime. A prova que elas fornecem pode ser decisiva para identificar, acusar e por fim condenar os agentes da prática de crimes. É por isso essencial que a prova por testemunhas oculares seja precisa e credível. Um caminho para que nós, como investigadores, possamos obter a mais precisa e credível prova das testemunhas oculares é adoptar procedimentos seguros nas nossas investigações.
Casos recentes em que a prova por DNA foi utilizada para inocentar pessoas condenadas inicialmente com base em testemunhos oculares mostraram-nos que eles não são infalíveis. Até a pessoa mais honesta e objectiva pode enganar-se ao recordar e interpretar um acontecimento testemunhado; é a natureza da memória humana. Esta matéria esteve no centro de um crescente conjunto de investigações sobre a identificação por testemunhas oculares realizadas ao longo da última década. O “National Institute of Jusice” constituiu um grupo de trabalho técnico composto por agentes policiais e juristas que, em conjunto com estes investigadores, estudaram o aperfeiçoamento dos procedimentos de recolha e conservação da prova fornecida pelas testemunhas oculares no sistema de justiça criminal.
Este Guia foi elaborado com a dedicada e entusiástica participação dos profissionais experimentados que trabalharam no Grupo de Trabalho Técnico sobre a prova por testemunhas oculares. Estas 34 pessoas trouxeram conhecimento e experiência profissional obtida em pequenos e grandes tribunais dos Estados Unidos e do Canadá. Eu saúdo o seu esforço para trabalhar em conjunto durante um ano no desenvolvimento deste consenso quanto às práticas recomendadas na investigação.
Ao desenvolver os seus procedimentos quanto à prova por testemunhas oculares, cada tribunal deve dar particular atenção às recomendações deste Guia e às suas próprias e únicas condições locais e circunstâncias logísticas. Se bem que factores que variam de acordo com as próprias investigações, em que se incluem a natureza e a qualidade da outra prova e a questão de saber se a testemunha também é vítima do crime, possam impor diferentes abordagens ou mesmo fazer precludir a adopção de um certo procedimento descrito no Guia, a consideração das recomendações do Guia pode ser inestimável para o tribunal estabelecer os seus próprios procedimentos. Desta forma, o «Eyewitness Evidence – A Guide for Law Enforcement» é um importante instrumento para aperfeiçoar a prática da investigação que utiliza esta prova no caminho de busca da verdade».
Não seria mau que, nesta matéria, aprendêssemos qualquer coisa com os Estados Unidos.





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