11 janeiro 2011
A austeridade como pensamento obrigatório
A comunicação social não pára nem um bocadinho de nos bombardear com a ideia de que a austeridade é, mais do que uma política, uma fatalidade. É o pensamento propagandeado até ao vómito por especialistas, comentadores, locutores.
Este pensamento único é pensamento obrigatório. Quem poderá atrever-se a contestar? Quem o fizer é certamente algum extremista, algum radical saudosista e desacreditado. E quem lhe facultará tempo de antena? Os microfones e todas as antenas serão para os que nos ensinam a necessidade/fatalidade da austeridade (chama-se a isto liberdade de imprensa).
É tão impressionante, tão esmagadora, esta orquestração ideológica que não deixa ver a manipulação que envolve. Parece antes uma posição realista, pragmática, patriótica, no interesse do país, de todos, quem sabe se não dos mais pobres... Como na vulgata cristâ, resta-nos sacrificar-nos agora (aliás, durante muiros anos, aliás "para sempre") para um dia merecermos, quem sabe, uma folgazinha, um ligeiro desaperto do cinto...
Mereceremos algum dia?
Este pensamento único é pensamento obrigatório. Quem poderá atrever-se a contestar? Quem o fizer é certamente algum extremista, algum radical saudosista e desacreditado. E quem lhe facultará tempo de antena? Os microfones e todas as antenas serão para os que nos ensinam a necessidade/fatalidade da austeridade (chama-se a isto liberdade de imprensa).
É tão impressionante, tão esmagadora, esta orquestração ideológica que não deixa ver a manipulação que envolve. Parece antes uma posição realista, pragmática, patriótica, no interesse do país, de todos, quem sabe se não dos mais pobres... Como na vulgata cristâ, resta-nos sacrificar-nos agora (aliás, durante muiros anos, aliás "para sempre") para um dia merecermos, quem sabe, uma folgazinha, um ligeiro desaperto do cinto...
Mereceremos algum dia?