27 maio 2011
O aborto de novo na agenda da direita
Pode ter sido apenas um "erro táctico", uma "gaffe", mas é sintomático. Ao falar na "reavaliação" da lei da IVG, e mesmo na eventualidade de um referendo, Passos Coelho revelou que a direita, mesmo a dita "civilizada", convive mal com a despenalização da IVG.
É evidente que o tema não é "tabu", ou melhor, não é tabu a tal reavaliação. Mas se for para "melhorar" a lei, não para a revogar!
Há passos civilizacionais que não podem estar sujeitos a maiorias de circunstância. A IVG, o casamento homossexual, a opção transexual (como, mais remotamente, o divórcio), só por preconceito ideológico (ou religioso) podem suscitar oposição. A lei portuguesa está, nestas matérias, razoavelmente actualizada e nenhum dano causou no tecido social, nenhum "pilar da comunidade" ameaça ruir.
Para quê então voltar ao passado? Procurando agradar aos sectores mais retrógrados, não estará até Passos Coelho a alienar estratos mais numerosos e dinâmicos da sociedade?
Note-se que no programa eleitoral do PSD nada se diz... Talvez tenha sido apenas uma tarde infeliz...
É evidente que o tema não é "tabu", ou melhor, não é tabu a tal reavaliação. Mas se for para "melhorar" a lei, não para a revogar!
Há passos civilizacionais que não podem estar sujeitos a maiorias de circunstância. A IVG, o casamento homossexual, a opção transexual (como, mais remotamente, o divórcio), só por preconceito ideológico (ou religioso) podem suscitar oposição. A lei portuguesa está, nestas matérias, razoavelmente actualizada e nenhum dano causou no tecido social, nenhum "pilar da comunidade" ameaça ruir.
Para quê então voltar ao passado? Procurando agradar aos sectores mais retrógrados, não estará até Passos Coelho a alienar estratos mais numerosos e dinâmicos da sociedade?
Note-se que no programa eleitoral do PSD nada se diz... Talvez tenha sido apenas uma tarde infeliz...