13 julho 2016
Durão Barroso e a ética
A decisão de Durão
Barroso de aceitar o cargo de director da Goldeman Sachs tem sido criticada por
gente de todos os quadrantes. Agora foi o governo francês que aconselhou o
ex-presidente da Comissão Europeia a renunciar ao cargo e até o vice-presidente
desta instituição europeia criticou a atitude de Barroso, em nome do prestígio e
da credibilidade dela e da própria União.
Porém, já se sabe que para
Barroso este tipo de decisões que se relacionam com o penacho acrescido que vai
emplumar a sua imagem e fazer multiplicar os seus réditos é irrevogável. Não
lhe falem em desistir. Ele está de peito feito para avançar, custe o que custar.
Fala-se em estreitar as
regras da União Europeia que permitem saídas à Durão Barroso. Acho muito bem,
mas o que é lamentável é que, em matéria de ética, nunca sejam os que exercem cargos
de tão alta responsabilidade a refrear-se em nome dos princípios que deveriam
nortear as suas vidas.
PS . Já que falei de ética, faço minhas as palavras de Maia Costa em relação a Sousa Ribeiro, presidente do Tribunal Constitucional, esse, sim, um exemplo de verticalidade ética e de hombridade profissional.