06 julho 2017
King Jong-un e Trump
King
Jong-un é desmiolado e perigoso, mas Trump não lhe fica atrás. Com
a sua habitual fanfarronice, prometeu que ia pôr a Coreia do Norte
na linha. Fez ameaças duras, tentou uma aproximação com o
presidente Xi Jiping, mandou para a península coreana uma frota
naval, começou a instalar um sistema antimísseis na Coreia do Sul,
mas de nada lhe valeu. King Jong-un prosseguiu com o lançamento de
mísseis, assestando os binóculos e apontando-os ao céu com os seus
bracinhos rechonchudos, a fim de seguir a trajectória dos projécteis
e batendo muitas palmas com as mãozinha sapudas ao êxito da
experiência.
Trump
foi obrigado a recuar com a frota, a suspender a implantação do
sistema antimísseis, a lamentar a falta de diligência adequada da
China e a ficar com a batata quente nas mãos.
A
Coreia do Norte tem elevado a fasquia das suas experiências e
provocações, surda aos apelos internacionais. E Trump está
entalado entre a inutilidade das suas ameaças e a força que quer
dar às suas imperiais determinações. O perigo é real e os dois
fulanos parecem ter emergido ambos de uma criação de Frankenstein
para atormentarem a humanidade com as suas fantasias verdadeiras.