20 dezembro 2006

 

Cortesias

O nosso Primeiro-Ministro pode ter muitos defeitos, mas é indiscutivelmente uma pessoa cortês. A comprová-lo, está aí o gesto de enviar ao Tribunal Constitucional 5 (cinco) pareceres jurídicos para ajudar (ou "cooperar" com) o Tribunal a decidir a espinhosa questão da constitucionalidade da nova Lei das Finanças Locais (pareceres que não eram necessários, porque o Tribunal tem de conhecer o direito, mas sempre dão jeito), acompanhados de uma simpática cartinha de cortesia.
O gesto é tanto mais de louvar quanto o Tribunal não teria certamente dinheiro para encomendar os pareceres e o Governo nem sequer é parte no processo, já que se trata de uma lei da Assembleia da República, de forma que o Governo agiu desinteressadamente, apenas com o objectivo de "cooperar com o Tribunal".
Embora descontando que estamos em época natalícia, trata-se de um gesto que eleva a nossa vida política, tantas vezes marcada por atitudes crispadas, acusações infundadas, agressividade excessiva, pelo que é uma atitude que está desttinada a inaugurar uma nova cultura política, pautada pela cortesia.





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