11 fevereiro 2007
Mulheres do meu país
Hoje é um dia histórico para as mulheres portuguesas. Tanto, pelo menos, como quando adquiriram o direito ao sufrágio, como quando passaram a ter direito ao divórcio. Hoje ganharam o direito a controlo da fertilidade, acabando com a escravatura da maternidade indesejada.
A partir de hoje as mulheres portuguesas vão ser cidadãs na plenitude dos seus direitos.
É claro que é preciso agora legislar. E legislar rapidamente, porque o aborto clandestino vai continuar a ser uma realidade de todos os dias até lá.
Recordo, neste momento, o nome de uma mulher: Lisete, do Aldoar, bairro degradado do Porto. Morreu no final de 1998, alguns meses depois do primeiro referendo, em consequência de complicações decorrentes de um aborto clandestino. Uma vida que foi imolada no altar da intolerância e do dogmatismo ideológico do "não".
(este texto vai sair em nome da Patrícia Agostinho por "motivos técnicos, mas é meu, de Eduardo Maia Costa)
A partir de hoje as mulheres portuguesas vão ser cidadãs na plenitude dos seus direitos.
É claro que é preciso agora legislar. E legislar rapidamente, porque o aborto clandestino vai continuar a ser uma realidade de todos os dias até lá.
Recordo, neste momento, o nome de uma mulher: Lisete, do Aldoar, bairro degradado do Porto. Morreu no final de 1998, alguns meses depois do primeiro referendo, em consequência de complicações decorrentes de um aborto clandestino. Uma vida que foi imolada no altar da intolerância e do dogmatismo ideológico do "não".
(este texto vai sair em nome da Patrícia Agostinho por "motivos técnicos, mas é meu, de Eduardo Maia Costa)