18 julho 2007

 

As objecções dos objectores

Tenho muita dificuldade em perceber as dúvidas dos médicos objectores quanto à declaração a que a portaria os obriga.
Consideram um "insulto" terem de declarar que sabem que devem prestar assistência às mulheres cuja saúde esteja em risco devido a uma IVG, porque essa obrigação já está no "juramento de Hipócrates". Pois bem, quando muito a declaração seria redundante, nunca envolveria uma ofensa. Aliás, o "juramento de Hipócrates" não tem valor legal, mas apenas ético. Não se percebe uma tal hipersensibilidade...
Mas há pior: consideram que a obrigação de encaminhar a grávida que optou pela IVG para os "serviços competentes" atenta contra o exercício da próprio objecção de consciência! Ou seja, consideram que o exercício da objecção de consciência inclui o direito a sonegar à mulher a informação necessária para praticar a IVG!
Tudo se torna claro: os médicos objectores não querem só ser dispensados de praticar a IVG, querem também contrariar na medida do possível a aplicação da nova lei!
É um conceito bastante extensivo de "objeção de consciência", que visa não só proteger a consciência própria, como interferir na consciência dos outros!





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