11 junho 2008
Os advogados do Paquistão
O movimento de advogados que há longos meses luta contra o golpe de Estado palaciano levado a cabo por Musharraf, ao demitir os juízes do Supremo Tribunal que se opunham, por motivo de inconstitucionalidade, à sua candidatura a mais um mandato presidencial é paradigmático da atitude dos EUA e do "Ocidente" em geral para com o mundo muçulmano.
Prega-se a democracia, a secularização, os direitos humanos. Mas quando surgem movimentos políticos e sociais internos que defendem esses valores, o "Ocidente" entra em pânico, porque teme que esses movimentos possam contrariar os sagrados "interesses" ocidentais, e portanto a defesa destes é considerada mais fácil de conseguir apoiando caciques e ditadores, ainda que à custa dos tais "valores".
O movimnto dos advogados paquistaneses tem sido completamente ignorado, se não mesmo hostilizado pelos EUA, que querem manter a todo o custo Musharraf no poder, porque é ele quem melhor defende os interesses dos EUA (não relevando, para o caso, os interesses dos paquistaneses).
O enfraquecimento das forças seculares e progressistas nos países muçulmanos conduziu, nos últimos trinta anos, à transferência das esperanças populares para o fundamentalismo islâmico. Toda a gente o sabe. Mas o "Ocidente" teima na política suicida de apoiar estes tiranetes, desacreditados nos países que governam.
Será de espantar que esta perversa política venha agravar as tensões entre o "Ocidente" e os muçulmanos?
Prega-se a democracia, a secularização, os direitos humanos. Mas quando surgem movimentos políticos e sociais internos que defendem esses valores, o "Ocidente" entra em pânico, porque teme que esses movimentos possam contrariar os sagrados "interesses" ocidentais, e portanto a defesa destes é considerada mais fácil de conseguir apoiando caciques e ditadores, ainda que à custa dos tais "valores".
O movimnto dos advogados paquistaneses tem sido completamente ignorado, se não mesmo hostilizado pelos EUA, que querem manter a todo o custo Musharraf no poder, porque é ele quem melhor defende os interesses dos EUA (não relevando, para o caso, os interesses dos paquistaneses).
O enfraquecimento das forças seculares e progressistas nos países muçulmanos conduziu, nos últimos trinta anos, à transferência das esperanças populares para o fundamentalismo islâmico. Toda a gente o sabe. Mas o "Ocidente" teima na política suicida de apoiar estes tiranetes, desacreditados nos países que governam.
Será de espantar que esta perversa política venha agravar as tensões entre o "Ocidente" e os muçulmanos?