31 março 2009

 

O aumento da criminalidade

O Relatório de Segurança Interna registou uma aumento de criminalidade, quer em termos gerais, quer da criminalidade violenta no ano de 2008 e logo ressoou, como de costume, um coro de vozes contra o aumento da criminalidade. A comunicação social deu o devido destaque, como lhe compete. Esse passou a ser o tema preferido das televisões, da rádio, dos jornais, em noticiários, artigos de opinião, entrevistas, fóruns de debate. A comunicação social, nestas ocasiões, ausculta sempre, muito democraticamente, as opiniões dos cidadãos. E estas, geralmente, primam pela excelência das ideias rasteiras. Eis algumas pela sua ordem crescente de interesse: dar mais autoridade à polícia; dar mais força à polícia; dar mais meios à polícia. Ideias simples, claras e concentradas nos objectivos.
A própria presidente do PSD não foi mais concisa e eloquente. Confrontada com o anunciado aumento das forças policiais pelo MAI, declarou que não basta mais polícia; é preciso dar mais autoridade à polícia. Pensa-se que para combater a criminalidade geral e a violenta. Uma receita antiga e sempre eficaz. Mas será que nesse desejado aumento de polícia e de mais autoridade policial se inclui também a prevenção e repressão da criminalidade dita de colarinho branco, aquela que tem sido responsável por grandes fraudes, grandes desvios, furtos de grande magnitude e crises económicas que atiram para o desemprego e a miséria milhares de pessoas?





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