28 julho 2009
O estranho caso da cegueira
O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, que colabora com a equipe de médicos que se debruça sobre o estranho caso da cegueira ocorrido no Hospital de Santa Maria, considerou fora de hipótese que o produto injectado nos pacientes – Avantin – profusamente usado noutras situações similares, tenha sido o responsável pelas consequências extremamente gravosas que acabaram por se produzir. Portanto, o caso só seria explicável por uma de duas hipóteses: a) – o produto contido no frasco não ser Avantin; b) o produto estar alterado, nomeadamente por corrupção com outra substância.
Ora, não é que, no dia seguinte, um misterioso indivíduo fez um telefonema anónimo para o Hospital, a denunciar que o produto tinha sido corrompido com uma substância tóxica?
O caso passa, assim, a ter enredo policial. É uma história de mistério; não um caso de negligência médica, nem de credibilidade do produto. Quem seria o autor de tal malfeitoria? Que lucros tiraria de tal acção? Com que fins macabros terá agido?
Para complicar o mistério, parece que não haverá grandes hipóteses de surpreender nas vítimas qualquer vestígio da substância injectada, dado que a cortisona que posteriormente lhes aplicaram pode ter absorvido todo o produto injectado. Também não haverá hipótese de examinar qualquer vestígio porventura existente nas embalagens usadas, porventura já dissipadas no lixo hospitalar.
Entretanto, a Direcção do hospital terá instituído um sistema de controle às famílias das vítimas, com o fim de evitar a entrada de jornalistas.
Temos, assim, um caso bicudo de resolver.
O Ministério Público resolveu abrir um inquérito criminal para apurar responsabilidades. Vamos a ver se encontrará a pista certa.
Ora, não é que, no dia seguinte, um misterioso indivíduo fez um telefonema anónimo para o Hospital, a denunciar que o produto tinha sido corrompido com uma substância tóxica?
O caso passa, assim, a ter enredo policial. É uma história de mistério; não um caso de negligência médica, nem de credibilidade do produto. Quem seria o autor de tal malfeitoria? Que lucros tiraria de tal acção? Com que fins macabros terá agido?
Para complicar o mistério, parece que não haverá grandes hipóteses de surpreender nas vítimas qualquer vestígio da substância injectada, dado que a cortisona que posteriormente lhes aplicaram pode ter absorvido todo o produto injectado. Também não haverá hipótese de examinar qualquer vestígio porventura existente nas embalagens usadas, porventura já dissipadas no lixo hospitalar.
Entretanto, a Direcção do hospital terá instituído um sistema de controle às famílias das vítimas, com o fim de evitar a entrada de jornalistas.
Temos, assim, um caso bicudo de resolver.
O Ministério Público resolveu abrir um inquérito criminal para apurar responsabilidades. Vamos a ver se encontrará a pista certa.