02 julho 2009
Chávez e a teocracia iraniana
O anticapitaista presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apoiou o seu amigo Ahmadineijad e expressou-lhe a sua solidariedade, face ao «ataque imperial» de que o seu país tem sido vítima. Referiu-se ele à campanha de descrédito desencadeada por elementos estrangeiros contra o Irão e exigiu que cessassem de imediato as «manobras de intimidação e desestabilização» que lhe têm sido movidas «com a certeza de que o povo iraniano saberá solucionar os seus problemas internos.»
O proclamado presidente do Irão respondeu-lhe: «Não se preocupe, presidente, não se preocupe, que aqui nós saberemos ir em frente». E, de facto, tem-se visto a determinação com que as autoridades iranianas têm sabido resolver os seus problemas internos, disparando contra a multidão que se tem manifestado com risco de vida contra o que considera ter sido uma gigantesca burla eleitoral. Entretanto, o Conselho dos Guardiães da Revoçução já reconfirmou a vitória de Ahmidineijad.
Chávez, esse impagável humorista da revolução anti-imperialista mundial, pode respirar de alívio. Ele ainda há-de ter uma estátua naquela praça de Teerão onde mataram Neda, ao lado do Supremo Líder da Revolução Islâmica. Os dois ficarão a imortalizar o casamento feliz entre o marxismo chavesco (que me desculpem os seus fãs do «Le Monde Diplomatique») e o primeiro regime teocrático do mundo moderno.
O proclamado presidente do Irão respondeu-lhe: «Não se preocupe, presidente, não se preocupe, que aqui nós saberemos ir em frente». E, de facto, tem-se visto a determinação com que as autoridades iranianas têm sabido resolver os seus problemas internos, disparando contra a multidão que se tem manifestado com risco de vida contra o que considera ter sido uma gigantesca burla eleitoral. Entretanto, o Conselho dos Guardiães da Revoçução já reconfirmou a vitória de Ahmidineijad.
Chávez, esse impagável humorista da revolução anti-imperialista mundial, pode respirar de alívio. Ele ainda há-de ter uma estátua naquela praça de Teerão onde mataram Neda, ao lado do Supremo Líder da Revolução Islâmica. Os dois ficarão a imortalizar o casamento feliz entre o marxismo chavesco (que me desculpem os seus fãs do «Le Monde Diplomatique») e o primeiro regime teocrático do mundo moderno.