12 abril 2011

 

Qual grandeza, qual quê?

Um fim-de-semana deprimente, em contraste com o sol e a temperatura estival, fora de época. Não só por causa do horizonte carregado que se anuncia com a vinda do FMI & Companhia, mas também pelo completo desatino que se apossou da política portuguesa. O Congresso de Matosinhos foi um pavor, a avaliar pelas poucas, mas significativas intervenções que ainda tive coragem para ouvir, dominando os acessos de enjoo que me iam tomando. Aquilo foi uma “remake” de outros congressos que ficaram na História pela grandiloquência balofa, unanimista e incensatória.
Também Fernando Nobre, o grande altruísta da AMI, o ex-candidato à presidência da República, que fez da independência em relação aos partidos a sua grande bandeira de campanha, esqueceu os valores que dizia serem o baluarte indestrutível na condução da sua intervenção cívico-política, para se deixar seduzir pelo primeiro isco suculento que lhe foi lançado por um dos partidos responsáveis pela situação que ele tanto criticou como candidato.
Qual nobreza, qual política? E que ética é que merece esse nome?





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