05 outubro 2011

 

As novas movimentações sociais


A propósito da contestação de Wall Street, penso que, cada vez mais, se está a desenhar um esboço de contestação global do “sistema”. Um movimento ainda informe, tacteante, com objectivos mal definidos, mas que penso ser de bom augúrio. Talvez possa vir a surgir qualquer coisa de novo, anunciando uma saída para a situação insustentável a que chegou o capitalismo global. De uma forma ainda nublada, talvez esteja em curso o início do processo para uma alteração radical do “satu quo”, que só pode merecer uma resposta a nível globalizado, já que são mundiais as causas que provocam mal-estar nas populações e as instituições contestatárias que conhecemos até aqui são nitidamente insuficientes e desajustadas, porque pensadas sobretudo para o quadro dos Estados-Nações.
Não nos deve espantar, por isso, que, no próprio “coração do capitalismo”, para usar a expressão de Maia Costa, se estejam a processar movimentações contestatárias. Ao fim e ao cabo, o império soviético e o chamado “socialismo real”, moldado em toda a parte pelo modelo estalinista, que toda a gente acreditava ser indestrutível, também ruiu como um castelo de cartas.





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