12 julho 2013
A comunnicação
A comunicação do PR ao país veio
provocar um dilúvio de interpretações, que não há meio de estabilizar pela
fixação de um sentido coerente e consensual. Juristas, com destaque para os
constitucionalistas, políticos, politólogos, comentadores de todos os matizes,
jornalistas, cidadãos em geral, todos se debatem com a magna questão de
encontrar o fio de Ariadne que permita encontrar a saída para o labirinto em
que se traduziu essa mensagem.
Se com ela se pretendeu
clarificar a situação de impasse criada pela crise governamental, o resultado
foi precisamente o contrário.
E se a comunicação bateu
insistentemente a tecla das consequências gravosas para o pais derivadas da
indefinição política, relativamente à perda de credibilidade e consequente
agravamento dos juros da dívida, ela própria veio acrescentar maior ambiguidade
e contribuir para aprofundar (ou prolongar) aquelas consequências, como se está
a ver.
De modo que o PR vai sentir-se
pressionado pela situação a apagar apressadamente os fogos que a sua comunicação
não soube fazer extinguir e antes reactivou.