20 agosto 2015

 

A diferença (subtil) entre promessa e simulação

O PS reapresentou o seu programa eleitoral (por curiosa coincidência no mesmo dia foi divulgada mais uma "carta da prisão" do irrequieto preso nº 44 de Évora...). Ao inicial "cenário macroeconómico", integrado no programa eleitoral, foi agora aditado um novo documento: uma "simulação" da criação de emprego a partir das premissas contidas no tal "cenário". E essa simulação dá a bonita conta de 207.000 novos empregos no espaço da próxima legislatura (se o PS ganhar, é claro). Atenção: não se trata de uma "promessa"! É uma simulação! Qual a diferença? Aí está o problema... Vejamos: o PS não se compromete com nada... O "cenário" é que cauciona aquela "simulação"... É claro que o PS, por sua vez, cauciona esse estudo... Mas diretamente não se envolve nos resultados da "simulação". Se "acertar" dirá que cumpriu o "prometido"; se falhar dirá que era uma "mera simulação", uma simples previsão técnica falível... Veremos como o eleitorado assimilará as subtilezas desta distinção... De qualquer forma, uma nova forma de propaganda eleitoral foi inaugurada, sendo de esperar a apresentação de mais simulações (e também de mais simuladores).





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