22 março 2016

 

O mundo está mais perigoso


 

 

É um facto que o mundo está mais perigoso.

Está a cumprir-se o vaticínio de muitos que, em devido tempo, alertaram para o incremento de perigosidade que poderia advir de aventuras completamente irresponsáveis como a invasão do Iraque em 2003 – uma invasão fundada num embuste, no qual pontificaram Georges W. Bush e Toni Blair. Esses senhores deviam responder em tribunal internacional por essa aventura, que deu origem a uma guerra que ainda persiste, destroçando completamente o país e lançando o seu povo num sofrimento desmedido.

A guerra do Iraque viria a ser um campo de treino fabuloso para a Al-Kaeda, tornando esta organização terrorista muito mais aguerrida e experiente em técnicas múltiplas de guerra e na qual se gerou a facção mais radical que deu origem ao Estado Islâmico, enriquecido com muitos dos quadros das tropas de elite de Saddam Hussein.

O terrorismo, de cariz religioso fundamentalista, mas entranhando o ressentimento de povos árabes e islâmicos contra potências ocidentais, por factos antigos e recentes de domínio e partilha do Médio Oriente, não foi desencadeado pela guerra do Iraque, mas esta contribuiu decisivamente para o agravar. O destroçamento da Líbia, por força de uma desastrada intervenção em que o Ocidente teve também grandes responsabilidades e a arrastada e devastadora guerra da Síria acabaram por completar o quadro sinistro que desembocou no Estado Islâmico e no terrorismo cego que agora atinge também o coração da Europa. Europa que, a braços com os seus graves problemas, acrescidos de mais este, rejeita os foragidos destas guerras.

     





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