01 dezembro 2005
Estereótipos
A televisão, sobretudo a televisão, tem uma tendência irresistível para a simplificação. Quando alguém numa entrevista pretende dar uma resposta mais exaustiva ou menos conclusiva, logo o entrevistador interrompe, enfadado: «diga-me, sim ou não...». Sim ou não, não há outras respostas. Por outro lado, os problemas têm sempre soluções e os entrevistados têm que as levar no bolso, sob pena de caírem no completo descrédito.
A realidade é a preto e branco, não há cinzento: há o bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto, etc. Não há meio termo. A realidade é tratada de acordo com atributos prévios definitivamente fixados. São clichés colados às coisas. São estereótipos. Se alguém se atreve a pô-los em questão, o entrevistador logo protesta: não é assim, toda a gente sabe como é, toda a gente!
No reino da simplificação e do senso comum, os estereótipos são senhores absolutos.
A realidade é a preto e branco, não há cinzento: há o bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto, etc. Não há meio termo. A realidade é tratada de acordo com atributos prévios definitivamente fixados. São clichés colados às coisas. São estereótipos. Se alguém se atreve a pô-los em questão, o entrevistador logo protesta: não é assim, toda a gente sabe como é, toda a gente!
No reino da simplificação e do senso comum, os estereótipos são senhores absolutos.