19 novembro 2006
Almoço em São Bento
Na passada 3ª-feira houve um almoço em São Bento. Anfitrião: o PM. Convidados: os ministros da Justiça e das Finanças e o PGR. O "prato forte" do almoço não foi qualquer espécie culinária (o Orçamento do Estado não o permite e estava lá precisamente o Ministro das Finanças), mas sim a "Operação Furacão". Motivo do almoço: a preocupação do Governo pela "imagem da banca". Conclusão do almoço: necessidade de "investigar depressa e em força".
Tão insólita almoçarada (ainda que possivelmente frugal, face aos condicionalismos) deixa-me algumas perplexidades. Qual o exacto e preciso "interesse" do Governo na matéria? O que fazia o Ministro das Finanças no almoço?
Julgava eu que as recentes e unânimes declarações das mais altas figuras do Estado no sentido da necessidade de perseguição impiedosa da corrupção e criminalidade económica eram para levar a sério. Mas, à primeira grande investida nessa área, a reacção do Governo não é de incentivo à investigação, mas sim de "preocupação" com a imagem dos arguidos (tudo gente acima de toda a suspeita, aliás). E em vez de recomendar uma investigação profunda e profícua ("doa a quem doer", etc.), recomenda uma investigação rápida e em força!!!
Será que esses métodos são compatíveis com uma investigação que é certamente muito complexa? Estarão reunidas as condições para uma investigação que vá "ao fundo"?
Enfim, fico por aqui.
Tão insólita almoçarada (ainda que possivelmente frugal, face aos condicionalismos) deixa-me algumas perplexidades. Qual o exacto e preciso "interesse" do Governo na matéria? O que fazia o Ministro das Finanças no almoço?
Julgava eu que as recentes e unânimes declarações das mais altas figuras do Estado no sentido da necessidade de perseguição impiedosa da corrupção e criminalidade económica eram para levar a sério. Mas, à primeira grande investida nessa área, a reacção do Governo não é de incentivo à investigação, mas sim de "preocupação" com a imagem dos arguidos (tudo gente acima de toda a suspeita, aliás). E em vez de recomendar uma investigação profunda e profícua ("doa a quem doer", etc.), recomenda uma investigação rápida e em força!!!
Será que esses métodos são compatíveis com uma investigação que é certamente muito complexa? Estarão reunidas as condições para uma investigação que vá "ao fundo"?
Enfim, fico por aqui.