21 novembro 2006

 

As pernas de Miss Israel

Nunca as vi. Mas devem ter um elevado valor. Estético, evidentemente, mas não só. Adquiriram um inegável valor político-estratégico. Na verdade, a miss Israel solicitou permissão para não transportar a arma durante o serviço militar porque as marcas nelas provocadas pelo uso da arma estavam a dificultar-lhe a pose para as fotografias.
Colocada a questão aos comandantes (qual o nível de decisão, não foi divulgado), estes, depois de a examinarem (à questão e às pernas, seguramente), decidiram conceder uma excepção à miss, dispensando-a do transporte da arma até ao fim do serviço militar.
No conflito entre o cumprimento (que se quer sempre rigoroso) do regulamento militar e a difusão fotográfica das pernas por esse mundo fora, no conflito entre estes interesses opostos, triunfou o segundo. Ou seja, o interesse militar das pernas de miss Israel foi suplantado pelo seu valor político-estratégico, enquanto parte integrante de uma estratégia que visa mais longe do que os mísseis diariamente disparados contra Gaza: a promoção da imagem de Israel no mundo.
As pernas da miss foram, digamos, nacionalizadas, postas ao serviço do interesse nacional. Que maior glória para umas pernas?





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