19 junho 2007

 

Rorty


Imerso em tarefas e ausente em viagem, só ontem soube da morte de Richard Rorty ocorrida em 8 do corrente.
Queria escrever algo sobre o significado, para mim, da leitura de Rorty, mas constato que nos rascunhos não resisto à deriva demasiado pessoal ou pomposa(1).
Também não se justifica um obituário absolutamente dispensável, já que os interessados podem encontrar vários satisfatórios, veja-se por exemplo aqui e aqui e, em particular, o escrito por Habermas aqui.
Para recordar alguém que nos influenciou pela escrita basta voltar às suas palavras, o que vou fazer e repetir sempre que me apetecer.

«David Lewis once said that philosophy is a matter of collating our intuitions and then finding a way to keep as many of them as possible. I think that it is a matter of treating both intuitions and accusations of paradox as the voice of the past, and as possible impediments to the creation of a better future. Of course the voice of the past must always be heeded, since rhetorical effectiveness depends upon a decent respect for the opinions of mankind. But intellectual and moral progress would be impossible unless people can sometimes, in exceptional cases, be persuaded to turn a deaf ear to that voice.» (Truth and Progress – Philosophical Papers III, Cambridge University Press, 1998, p. 137)

(1) Basta-me, por ora, sublinhar como referente para participar na esfera pública o conceito popularizado por Rorty de «ironista liberal» que não é confundível com qualquer niilismo mas expressa uma forma de preservação da «utopia liberal», tão difícil nos actuais contextos nacional e internacional.





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