07 junho 2007
Uma nova cortina na Europa
Depois da vitória na guerra fria, os EUA, batendo palmadinhas amigas nas costas dos sucessivos ocupantes do Kremlin, foram cercando militarmente a Rússia. Primeiro na Ásia Central, ao longo da Sibéria, agora no centro da Europa, com uma cortina de mísseis, a substituir a antiga cortina de ferro (só que esta é mais para lá).
A Europa, a União Europeia, põe-se do lado dos EUA. Seria de esperar coisa diferente dos dirigentes actuais?
A eleição da Rússia como inimigo ou pelo menos adversário militar é um absurdo. A Rússia faz parte da Europa, a Europa não está completa sem a Rússia. Ainda há pouco tempo, Eduardo Lourenço recordava isso mesmo. É possível imaginar a cultura europeia sem Dostoievski ou Tolstoi ou Tchaikovski (etc., etc., etc.)? Qual é mais europeia: a Rússia ou a Turquia?
A Europa, a União Europeia, põe-se do lado dos EUA. Seria de esperar coisa diferente dos dirigentes actuais?
A eleição da Rússia como inimigo ou pelo menos adversário militar é um absurdo. A Rússia faz parte da Europa, a Europa não está completa sem a Rússia. Ainda há pouco tempo, Eduardo Lourenço recordava isso mesmo. É possível imaginar a cultura europeia sem Dostoievski ou Tolstoi ou Tchaikovski (etc., etc., etc.)? Qual é mais europeia: a Rússia ou a Turquia?