12 novembro 2008

 

Coisas que fazem espécie

Por este andar, de crescendo em crescendo, os professores acabarão por vir todos para a rua. Ainda por cima, sendo-lhes vedado reunirem-se nas escolas para discutirem os seus problemas, não têm mesmo outra alternativa.
A explicação de que a reacção dos docentes se deve a que lhes estão a ser “retiradas regalias” e que ninguém aceita tal coisa cheira-me a velhos maniqueísmos, muito úteis para dar a ideia de que se está no caminho certo do progresso e das reformas necessárias, a que se opõe o “reaccionarismo” dos que não querem abdicar dos seus privilégios. É uma dialéctica redutora que já deu os seus frutos e que tem resquícios de ideologias afinal proscritas por quem delas se serve.
Outra coisa que não me cabe na cabeça são as quotas: x de excelentes; y de muitos bons; z de bons. Mas, afinal, que base científica ou que teoria antropológica é que permite fazer uma tal distribuição pré-formatada de méritos? E em que categoria cabem os inventores dessa grelha de classificações?





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