06 novembro 2008

 

Barack Obama

Nem sempre posso exprimir aquilo que desejo em momento oportuno, agora que tanto conta o tempo real dos acontecimentos. Por um lado, os afazeres profissionais impedem-me de o fazer; por outro, a imediaticidade que um blog exige nem sempre se coaduna com o tempo de reflexão. Neste caso, porém, mesmo não sendo em cima do acontecimento, a importância deste justifica umas palavras. Refiro-me à eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos da América.
É um facto irrecusável que tal eleição não deixou ninguém indiferente. Provam-no as reacções que por todo o lado se fizeram sentir. E mesmo que se possa dizer que a margem que separa Republicanos e Democratas é muito estreita, mesmo que, em termos de política externa, o rumo que os Estados Unidos vão seguir possa não diferir muito, sempre subsistem diferenças que não são nada despiciendas. Foi assim com Clinton, quando comparado com o antecessor e com o sucessor, pesem embora algumas “patacoadas” em que ele incorreu, não no plano sexual, evidentemente, mas em questões verdadeiramente relevantes.
Por isso, esta eleição não deixou ninguém indiferente, como disse, bastando recordar as palavras de José Saramago, ou de Fernando Rosas ou até de Fidel de Castro. Isto, não só pelas características humanas e políticas do vencedor da Casa Branca, como também pelo movimento avassalador que suscitou e ainda (pois então?) pela cor da sua pele e pelo que representa, nos Estados Unidos da América, a eleição de um presidente negro (ainda que não negro retinto e ainda que pertencente às elites). As lágrimas de Jesse Jakson foram comovedoramente belas. Se a eleição de Barack Obama vai corresponder a expectativas porventura demasiadamente elevadas e se vai ou não inaugurar uma nova era, é o que se vai ver. Para já, o acto da sua eleição foi um verdadeiro acontecimento mundial.





<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?


Estatísticas (desde 30/11/2005)