11 novembro 2009

 

O empurrão de Walesa

Anteontem à noite Walesa empurrou sozinho os dominós que simbolizavam o Muro, assumindo assim, solitariamente, a responsabilidade pela queda do dito.
Não era isso que estava previsto, ou melhor, estava previsto que outros o ajudariam nesse gesto simbólico. Mas ele teimou (a teimosia é uma suas características) e conseguiu despachar os outros, nomeadamente o então primeiro-ministro da Hungria.
Achei estranho que Walesa (e o seu Solidariedade) fosse considerado o grande motor da queda do Muro. Mas ele explicou: a principal responsabilidade cabe a João Paulo II (50%), pertencendo 30% ao Solidariedade e só 20% ao "resto do mundo"!
Portanto, Walesa não estava de facto sozinho, a sua mão era movida do espaço celeste por João Paulo II (50%+30%, portanto).
E o povo alemão, de um lado e do outro do Muro, ficou a saber que pouco ou nada fez para o derrubar.





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