10 outubro 2010
A República à beira do fim
V(P)V tem andado numa fúria. Há mais de 30 anos que ele denunciou a I República como uma arruaça de desordeiros, alguns disfarçados de professores universitários, que liquidou as liberdades vigentes na monarquia consitucional e instaurou um regime ditatorial dirigido por tríades de terroristas e malfeitores de delito comum.
Inexplicavelmente, apesar de várias edições esgotadas do "livro seminal", as autoridades tiveram a lata de comemorar os 100 anos da República (quando 50 já seria de mais, considerando a crise actual). É uma afronta pessoal, que V(P)V não perdoará jamais.
Mas ele já avisou que os republicanos não perdem com a demora. Eles ainda não se aperceberam, mas o regime está à beira do abismo e a restauração da monarquia está para breve.
O candidato a rei não entusiasma, mas ao e fim e ao cabo não desmerece de muitos dos seus antepassados. E já se perfila um lote de personalidades para ocuparem lugares-chave do Estado.
Assim, o próprio V(P)V não desdenhará o cargo de presidente da Câmara dos Pares, sendo-lhe atribuído o título de marquês (de preferência, de Oxford). José Manuel Fernandes será o porta-voz do Paço. Será barão, não mais. Rui Ramos será o cronista-mór do Reino, com o encargo de reescrever a história de Portugal, sem quaisquer concessões aos republicanos, e terá o título de conde, conde de qualquer vilória a examinar. Paulo Teixeira Pinto também terá um lugar reservado próximo do rei, claro. Marquês será seguramente; de quê ver-se-á depois. Muitos outros, uns mais abertamente, outros mais discretamente vão-se chegando.
Enquanto o dia radioso não chega, V(P)V propõe, como medida imediata, a eliminação do 5 de Outubro como feriado. É um primeiro passo. Será substituído pelo dia da batalha de Ourique, em que Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos. Falta averiguar a data.
Inexplicavelmente, apesar de várias edições esgotadas do "livro seminal", as autoridades tiveram a lata de comemorar os 100 anos da República (quando 50 já seria de mais, considerando a crise actual). É uma afronta pessoal, que V(P)V não perdoará jamais.
Mas ele já avisou que os republicanos não perdem com a demora. Eles ainda não se aperceberam, mas o regime está à beira do abismo e a restauração da monarquia está para breve.
O candidato a rei não entusiasma, mas ao e fim e ao cabo não desmerece de muitos dos seus antepassados. E já se perfila um lote de personalidades para ocuparem lugares-chave do Estado.
Assim, o próprio V(P)V não desdenhará o cargo de presidente da Câmara dos Pares, sendo-lhe atribuído o título de marquês (de preferência, de Oxford). José Manuel Fernandes será o porta-voz do Paço. Será barão, não mais. Rui Ramos será o cronista-mór do Reino, com o encargo de reescrever a história de Portugal, sem quaisquer concessões aos republicanos, e terá o título de conde, conde de qualquer vilória a examinar. Paulo Teixeira Pinto também terá um lugar reservado próximo do rei, claro. Marquês será seguramente; de quê ver-se-á depois. Muitos outros, uns mais abertamente, outros mais discretamente vão-se chegando.
Enquanto o dia radioso não chega, V(P)V propõe, como medida imediata, a eliminação do 5 de Outubro como feriado. É um primeiro passo. Será substituído pelo dia da batalha de Ourique, em que Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos. Falta averiguar a data.