19 maio 2013
A tentação fatal
O PR, ao invocar a intercessão de
Nossa Senhora de Fátima no fecho da sétima avaliação da troika, deu azo a uma
onda de comentários jornalísticos, que primaram pelo tom chocarreiro, chistoso,
ridicularizante e até aviltante para Nossa Senhora. Ou seja, provocou uma
avalanche pecaminosa contra uma das principais figuras sagradas.
Fê-lo, claro, involuntariamente,
mas o que é certo é que desencadeou uma reacção virulenta de negação da
transcendência e de franca irreligiosidade, deixando certamente Nossa Senhora
numa posição muito desconfortável.
Ora, isso deve ter-lhe ensinado
que a melhor maneira de proteger as figuras sagradas é não as envolver nos interesses
profanos em geral e nos da política em particular. Já Cristo, quando o queriam
tramar com esses negócios, respondeu avisadamente: «Dai a César o que é de
César e a Deus o que é de Deus».
O PR, esquecendo-se dessa
passagem bíblica, deixou-se levar pela tentação e foi o que se viu.