03 fevereiro 2006

 

Tréplica

Meu caro João Paulo
Eu não quero desencadear uma tempestade ideológica sobre religião no nosso blogue, muito menos uma guerra religiosa! Eu sei que o catolicismo português é plural, hoje como ontem, no tempo da "outra senhora". Eu referia-me ao "catolicismo institucional", se assim posso dizer, e esse continua a ser geralmente tridentino. Reconheço, porém, que nos últimos anos apareceram na hierarquia da Igreja algumas figuras muito estimáveis, de cultura universalista e ideais humanistas. Tenho presente igualmente as posições e a acção da actual Comissão Justiça e Paz, presidida por Manuela Silva. (Mas também não me esqueço que a anterior foi dirigida por uma figura tão marcadamente alinhada à direita mais conservadora como Bagão Félix).
Também lhe quero dizer que, se a comparação entre o catolicismo holandês e o português é desfavorável a este último, o mesmo acontece se fizermos comparações entre outros segmentos da sociedade civil dos dois países. A cultura holandesa é por um lado "ferozmente" individualista e liberal, mas em contrapartida (direi melhor: em complemento) activamente tolerante e solidária. Era assim que eu gostava que o meu país fosse! (Digo "era", porque já não vai ser seguramente no "meu tempo").





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