26 julho 2006

 

Israel, estado delinquente

A invasão do Líbano, uma incontestável agressão a um país soberano, é apenas mais uma das incontáveis violações do direito internacional que Israel vem acumulando nas últimas quatro décadas. Uma agressão aliás acompanhada sistematicamente por toda a espécie de infracções às "regras da guerra" (o jus in bello), como o uso de armas proibidas (pelo menos, o fósforo branco), ataques deliberados a alvos civis, punições colectivas, embargo à ajuda humanitária e, por fim, como se fosse pouco, ataques mortais a pessoal da Cruz Vermelha Internacional e da ONU!
Israel considera-se acima da lei e do direito. Tem a força das armas, tem a força de ter as "costas quentes", tem a força de não haver a força de uma ordem jurídica internacional que faça cumprir as regras. Israel tem a força de ter força, mas não tem a força da razão e do direito (que pouca força têm nos tempos que correm...).
Israel há décadas que humilha, violenta, expulsa, destrói, esmaga, aniquila os povos seus vizinhos e especialmente o povo palestiniano, cuja única culpa é estar há muito instalado no território que os judeus de Israel querem apenas para si. Se o conceito de "limpeza étnica" tivesse algum sentido, provavelmente não seria melhor aplicado do que à política praticada por Israel, desde a sua fundação em 1947, de expulsão dos árabes residentes no território e da sua "substituição" por judeus vindos de todo o mundo.
Se o conceito de "estado pária" tivesse igualmente sentido possivelmente caberia como uma luva a Israel, o país que mais infringe as leis internacionais e que mais resoluções da ONU se recusou a cumprir.
Mau grado tudo isso, Israel considera que os "outros" é que são terroristas. Mas essa palavra, se tem também algum sentido, parece que assenta a Israel melhor do que a ninguém, pois é Israel que pratica com mais eficácia, rigor, pertinácia, frieza, calculismo e recursos materiais e humanos o terror, através de ataques aéreos indiscriminados, de intencionais destruições de zonas residenciais, de punições familiares e colectivas de presumíveis "imimigos", de assassinatos selectivos dos mesmos, da tortura sistemática de prisioneiros, da prisão massiva e em condições degradantes de adversários. O terrorismo de Israel não é "artesanal", como o dos suicidas bombistas. É de outra dimensão, crueldade e eficácia.





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