04 abril 2007
Messianismo e mediatismo
É claro que os tempos que correm não são favoráveis a discursos contra o messianismo, nomeadamente o “messianismo penal”. Isto, para me reportar ao discurso do vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça na abertura do colóquio “Combate à Corrupção”, que teve lugar na Assembleia da República, no dia 26 de Março passado, e ao adequado título que o Maia Costa, que oportunamente o publicou neste blogue, lhe pôs.
Um discurso denso, rigoroso, compenetrado, assumidamente contra a facilidade, a euforia e o messianismo redentor. Mas, por isso mesmo, contra a espectacularidade e os estereótipos mediáticos. Talvez isso explique a forma como foi ignorado pela comunicação social. O “Expresso” da semana passada, por exemplo, nem se lhe referiu. Mas esse é o preço a pagar por quem não quiser apenas a projecção dos holofotes.
Um discurso denso, rigoroso, compenetrado, assumidamente contra a facilidade, a euforia e o messianismo redentor. Mas, por isso mesmo, contra a espectacularidade e os estereótipos mediáticos. Talvez isso explique a forma como foi ignorado pela comunicação social. O “Expresso” da semana passada, por exemplo, nem se lhe referiu. Mas esse é o preço a pagar por quem não quiser apenas a projecção dos holofotes.