16 junho 2008

 

Ainda sobre o Tribunal da Boa-Hora

Segue-se mais um texto do Luís Eloy com o título em epígrafe:


Em 1993 realizaram-se as comemorações dos 150 anos do Tribunal da Boa-Hora. A essas comemorações associaram-se as mais altas individualidades do Estado, de que destacamos o Presidente da República, Mário Soares e o Ministro da Justiça, Laborinho Lúcio. No seu âmbito foram produzidas diversas conferências de grande qualidade de diversos Professores como Figueiredo Dias, Costa Andrade, Teresa Beleza, Faria Costa, Fernanda Palma e Rui Pereira.
Publicaram-se, em 1995, os Estudos Comemorativos do 150º Aniversário do Tribunal da Boa-Hora numa edição do Ministério da Justiça.
A revisitação do que aí foi dito e produzido, perante a anunciada alienação do Tribunal da Boa-Hora e transformação num Hotel de Charme, deixa-nos perante uma absoluta perplexidade.
“Cento e cinquenta anos são já tempo de triunfo” Laborinho Lúcio.
“A história da Boa-Hora é inseparável da própria história das últimas décadas da monarquia, do itinerário da República, do regime de Salazar e Caetano, da luta da oposição democrática contra a ditadura e, ainda, da eclosão do 25 de Abril, nos seus vários acidentes de percurso” António Valdemar.
Confesso que ou existiu um problema de desmesura no que então foi referido ou estamos perante um complicado problema de dupla personalidade estatal.
Acho que o “velho casarão conventual”, na expressão de Raúl Proença, com os seus imponentes 165 anos de Tribunal, merecia uma adequada e comunitária comemoração de 200 anos.
Seremos os coveiros deste importante espaço de inscrição da nossa memória colectiva?


Luís Eloy Azevedo





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