17 junho 2008
história, juizes e memória
Como já vi num outro post sobre a questão, pessoalmente a Boa Hora pouco me diz. Nunca aí exerci funções… nem consta que tivesse grande biblioteca!
Questão diferente será a necessidade de não apagar factos essenciais de uma memória que se pretende cada vez mais «curta».
Gunter Grass, em Descascando a cebola, conta o episódio de um seu tio, «Franz», fuzilado por ordem dos alemães no inicio da guerra, fuzilamento sustentado numa das legítimas sentenças de morte assinada por um juiz, que, «pôde continuar até muito depois do final da guerra como juiz e assinar sentenças».
Também Pulido Valente, em Ir prò maneta sublinha a característica dos magistrados na época da guerra peninsular, sempre «demasiado prontos em obedecer às ordens de um governo intruso».
Um hotel de charme, (e porque não uma pensão?), será sempre um óptimo meio de suprimir mais alguns factos nunca esclarecidos sobre a história dos tribunais e da magistratura.