21 junho 2008

 

O regresso a casa

“Acabou-se o sonho”, diz um dos jornais, referindo-se ao rápido e inesperado epílogo da nossa aventura no Euro 2008. Já estávamos preparados para um novo canto d´ Os Lusíadas:

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano
Que Ronaldo e Scolari enobreceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

Mas eis que tudo acabou numa «apagada e vil tristeza». A turma germânica derrotou os nossos com uma estratégia bem urdida por Low. A chamada equipa das quinas regressou ao solo pátrio cabisbaixa, depois de dele ter partido com ufania, iniciando a sua navegação em Belém, como não podia deixar de ser, sob os bons auspícios de D. Aníbal, que saudou e exaltou os nossos «Barões assinalados».
Acabou-se, pronto. A realidade aí está de volta, a crua realidade. Um compatriota, auscultado pela comunicação social, exprimiu tudo nesta frase assassina: «Se calhar até foi bom. Já metia nojo ouvir falar tanto da selecção». Não era um compatriota; era talvez um traidor à pátria.





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