26 janeiro 2009

 

Ajudar os EUA a acabar com Guantánamo?

Já sabemos que Portugal se apressou (e adiantou a todos) a tentar "ajudar" os EUA, prontificando-se a receber prisioneiros daquele campo de concentração que já não "interessem" aos EUA e sejam até um estorvo.
Portugal até desafiou outros países europeus a seguiram o exemplo. Mas com pouco sucesso.
Na verdade, a ideia parece muito humanitária, mas não é mais do que uma tentativa de ajudar os EUA a descalçar a bota. E quem deve descalçar a bota é quem a calçou.
Os crimes cometidos pelos EUA em Guantánamo e noutras prisões espalhadas pelo mundo não podem ser assim abafados e branqueados, de tal forma que até parece que os EUA querem resolver de facto o problema, pondo em liberdade todos os inocentes, e não podem porque não têm ajuda!
O problema dos "inocentes" tem de ser resolvido por quem o criou: os EUA. São os EUA que devem reparar até onde for possível o dano que lhes causou, a começar pela reparação moral e a terminar na reparação material. E aqueles que não podem ser "devolvidos" aos países de origem devem receber o estatuto de refugiados nos próprios EUA. Só se os próprios prisioneiros rejeitarem essa possibilidade e que é de encarar a hipótese de os países europeus os aceitarem como refugiados.
O afã do governo português em "ajudar" os EUA só pode compreender-se, não como humanitarismo, mas como servilismo, o que é indigno.





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