13 fevereiro 2009
Cerrar fileiras contra o casamento homossexual
Também em Portugal a Igreja quer assumir protagonismo político em defesa dos seus dogmas.
Derrotada no referendo da IVG, em que de alguma forma se resguardou, quer agora encabeçar um movimento contra os herejes que querem consagrar legalmente o casamento homossexual, desaconselhando o voto nos partidos que promovem ou apoiam essa heresia (e indirectamente aconselhando o voto nos outros - PSD e CDS - já que não parece que haja um apelo à abstenção).
É claro que a Igreja, como insituição da sociedade civil, pode apelar (ou desapelar) ao voto em quem quiser. Pode até excomungar os seus inimigos e desencadear sanções celestes e também terrenas, mas circunscritas ao seu foro e aos seus fiéis.
Mas essa estratégia talvez não seja a melhor. A Igreja, crispando-se na defesa das suas fortalezas dogmáticas (IVG, divórcio, casamentos homossexuais, eutanásia), corre o risco de ver cair sucessivamente essas fortalezas, sem ganhar em troca cruzados ou mártires para as recuperar.
Derrotada no referendo da IVG, em que de alguma forma se resguardou, quer agora encabeçar um movimento contra os herejes que querem consagrar legalmente o casamento homossexual, desaconselhando o voto nos partidos que promovem ou apoiam essa heresia (e indirectamente aconselhando o voto nos outros - PSD e CDS - já que não parece que haja um apelo à abstenção).
É claro que a Igreja, como insituição da sociedade civil, pode apelar (ou desapelar) ao voto em quem quiser. Pode até excomungar os seus inimigos e desencadear sanções celestes e também terrenas, mas circunscritas ao seu foro e aos seus fiéis.
Mas essa estratégia talvez não seja a melhor. A Igreja, crispando-se na defesa das suas fortalezas dogmáticas (IVG, divórcio, casamentos homossexuais, eutanásia), corre o risco de ver cair sucessivamente essas fortalezas, sem ganhar em troca cruzados ou mártires para as recuperar.