13 fevereiro 2009
O caso Eluana
O que se passou em Itália em torno do "caso Eluana" não nos pode deixar indiferentes.
Revela, mais uma vez, o desprezo do governo de Berlusconi pelas mais elementares regras do Estado de Direito, ao aprovar e remeter ao parlamento uma proposta de lei puramente casuística visando "revogar" uma decisão judicial transitada...
Valeu a ameaça de veto do PR, que em Itália constitui mesmo o último garante do funcionamento democrático das instituições.
Mas tem de realçar-se também a intervenção da Igreja Católica, que está realmente convencida que é a religião oficial do estado italiano e jogou toda a sua força neste caso.
O radicalismo mais dogmático veio ao de cima: exaltação da "vida" como valor abstracto, a par da desvalorização (ou mesmo desprezo) do sofrimento concretamente experimentado e da dignidade concretamente lesada de um ser humano.
É esse desprezo pelas pessoas concretas, de carne e osso, pela sua dignidade humana, que o dogmatismo pan-vitalista exibe brutalmente nestes momentos.
Revela, mais uma vez, o desprezo do governo de Berlusconi pelas mais elementares regras do Estado de Direito, ao aprovar e remeter ao parlamento uma proposta de lei puramente casuística visando "revogar" uma decisão judicial transitada...
Valeu a ameaça de veto do PR, que em Itália constitui mesmo o último garante do funcionamento democrático das instituições.
Mas tem de realçar-se também a intervenção da Igreja Católica, que está realmente convencida que é a religião oficial do estado italiano e jogou toda a sua força neste caso.
O radicalismo mais dogmático veio ao de cima: exaltação da "vida" como valor abstracto, a par da desvalorização (ou mesmo desprezo) do sofrimento concretamente experimentado e da dignidade concretamente lesada de um ser humano.
É esse desprezo pelas pessoas concretas, de carne e osso, pela sua dignidade humana, que o dogmatismo pan-vitalista exibe brutalmente nestes momentos.