11 maio 2009

 

Bela Vista

O problema do bairro da Bela Vista só superficialmente é de ordem pública. Os verdadeiros problemas estão (mal) escondidos atrás a insegurança: são o desemprego, a marginalidade social, a falta de equipamentos sociais, etc.
Toda a gente sabe disso. Mas o Governo enfrenta o problema como se de polícia e ordem pública se tratasse, apenas. Só MAI fala e fala grosso prometendo e ameaçando, conforme os pontos de vista, levar a lei e a ordem àquele território. O PM faz de conta que não tem nada a ver com aquilo.
A Bela Vista não é certamente o único território explosivo no nosso país. Conhecemos outros nomes, como Cova da Moura, Pedreira dos Húngaros (sem húngaros), etc. São as favelas de Lisboa e de Setúbal, cada vez mais irrequietas e difíceis de aquietar. São o outro lado das cidades prósperas onde moram as pessoas de bem.
Nós, que moramos deste lado, podemos dormir descansados por enquanto, pois a polícia vela por nós. Mas nada nos garante que, a continuarem as coisas assim, não venhamos a passar algum susto valente, como aconteceu aos parisienses há alguns anos atrás, quando escandalizadamente assistiram à invasão do centro da Cidade Luz pelas sombras da periferia.
Não será melhor pensar nos que vivem do outro lado do muro, antes que eles comecem a escalada?





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