25 setembro 2009
Lendo Sophia em tempos eleitorais
Ler Sophia é sempre um prazer e uma lição.
Mas agora dei com este poema, escrito noutra conjuntura, é certo, mas que não deixa de constituir motivo de júbilo poético (e não só)
NESTES ÚLTIMOS TEMPOS
Nestes últimos tempos é certo a esquerda fez erros
Caiu em desmandos confusões praticou injustiças
Mas que diremos da longa tenebrosa e perita
Degradação das coisas que a direita pratica?
Que diremos do lixo do seu luxo - de seu
Viscoso gozo da nata da vida - que diremos
Da sua feroz ganância e fria possessão?
Que diremos da sua sábia e tácita injustiça
Que diremos de seus conluios e negócios
E do utilitário uso dos seus ócios?
Que diremos de suas máscaras álibis e pretextos
De suas fintas labirintos e contextos?
Nestes últimos tempos é certo a esquerda muita vez
Desfigurou as linhas do seu rosto
Mas que diremos da meticulosa eficaz expedita
Degradação da vida que a direita pratica?
"O Nome das Coisas" (1977)
Mas agora dei com este poema, escrito noutra conjuntura, é certo, mas que não deixa de constituir motivo de júbilo poético (e não só)
NESTES ÚLTIMOS TEMPOS
Nestes últimos tempos é certo a esquerda fez erros
Caiu em desmandos confusões praticou injustiças
Mas que diremos da longa tenebrosa e perita
Degradação das coisas que a direita pratica?
Que diremos do lixo do seu luxo - de seu
Viscoso gozo da nata da vida - que diremos
Da sua feroz ganância e fria possessão?
Que diremos da sua sábia e tácita injustiça
Que diremos de seus conluios e negócios
E do utilitário uso dos seus ócios?
Que diremos de suas máscaras álibis e pretextos
De suas fintas labirintos e contextos?
Nestes últimos tempos é certo a esquerda muita vez
Desfigurou as linhas do seu rosto
Mas que diremos da meticulosa eficaz expedita
Degradação da vida que a direita pratica?
"O Nome das Coisas" (1977)