22 outubro 2009

 

Governo: evolução na continuidade

Oito saem, oito entram, mantém-se o "núcleo duro". O que há de mais notável é o reforço do contingente feminino (embora sem atingir o nível de Espanha, que é de 50%). Uma pianista na Cultura é sempre bom: se não houver dinheiro, toca piano à borla. Uma sindicalista no Trabalho aparentemente é ainda melhor, mas não será isso uma pedra no sapato da ministra? Uma ave (Pássaro) no Ambiente parece-me natural, ou seja, a bem da natureza. A (semi) autora da colecção "Aventura" na Educação terá possivelmente muita populaidade entre os alunos, mas veremos como será com os professores.
E a Justiça? É óbvio que o Alberto Martins não irá desencadear guerras inúteis, como fez Alberto Costa com as férias judiciais, com que pretendia (ele e Sócrates, mais este que ele) "punir" os magistrados, e acabou castigando seriamente os advogados, como estes acabariam (tarde) por compreender...
Há certamente muito para fazer e ele tem a capacidade de diálogo e a inteligência para deitar mãos à obra.
Mas a minha maior preocupação neste momento vai para os ex-ministros. Como deve ser difícil deixar de ser ministro! Não é só voltar à placidez do anonimato, alguns até gostarão disso (outros não!). Mas é sobretudo os últimos dias, a angústia da incerteza da permanência (fico ou não fico?), do futuro (que ficará do que fiz? vão deitar tudo abaixo?), da imagem que fica (que vai dizer a comunicação social, saio com seta para cima ou para baixo?) e aquelas coisas mais comezinhas, como fazer as malas, arrumar papéis, queimar alguns, fotocopiar outros... `
É sempre triste fechar a luz e a porta pela última vez. É melhor chamar o contínuo, se ele aparecer...





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