20 agosto 2010
política criminal televisiva
A maior disponibilidade para passar os olhos pelos telejornais em período de férias, suscita a perplexidade sobre a imbecilidade do que é transmitido e das suas repercussões na dimensão política.
A questão tem ainda mais relevância na dimensão da política penal. Daí que as palavras de Ferrajoli assumam um especial atenção: «Em Itália, como de resto em quase todos os países ocidentais, cresce a percepção de insegurança, enfatizada e solicitada por aquela fábrica de medo que decorre da televisão. Trata-se de um medo em grande parte construído pela política e pelos media. Contrastando com a diminuição objectiva da criminalidade, as estatísticas dizem-nos que de facto o medo cresce progressivamente, tanto quanto cresce o tempo dedicado pelos telejornais às crónicas dos delitos» («Democrazia e Paura» in Democrazia in nove Lezioni, Editorial Laterza, Bari, 2010).
A questão tem ainda mais relevância na dimensão da política penal. Daí que as palavras de Ferrajoli assumam um especial atenção: «Em Itália, como de resto em quase todos os países ocidentais, cresce a percepção de insegurança, enfatizada e solicitada por aquela fábrica de medo que decorre da televisão. Trata-se de um medo em grande parte construído pela política e pelos media. Contrastando com a diminuição objectiva da criminalidade, as estatísticas dizem-nos que de facto o medo cresce progressivamente, tanto quanto cresce o tempo dedicado pelos telejornais às crónicas dos delitos» («Democrazia e Paura» in Democrazia in nove Lezioni, Editorial Laterza, Bari, 2010).