18 janeiro 2011
As presidenciais
É um facto significativo que as “presidenciais” têm suscitado pouco interesse no nosso blogue. De resto, esse panorama é geral. O entusiasmo não parece alimentar esta morna e chocha campanha. O candidato da Madeira é que parece andar na maior, sendo o contraponto, para melhor, do eterno líder que rege os destinos da ilha. Toda a gente (pelo menos, é a sensação que tenho) parece esperar o momento em que ele aparece na televisão para apreciar as suas “acções de rua”, as suas “mise-en-cène”, as suas inesperadas cabriolas, as suas imagens imprevistas, as suas fisgadas contra todos os alvos, enfim, os seus actos “surrealistas”. É um candidato anarquista (ex-comunista, ganhador de um prémio que o levou á antiga URSS, por ter vendido muitos “Avantes” e que diz ter-se servido do PND como “barriga de aluguer”) um candidato que dá uma nota de burlesco a uma campanha sem graça nenhuma, em tempos de vileza como os que estamos a viver. Daí que se o aceite de uma forma mais ou menos secreta.