12 dezembro 2012

 

A festa de Natal da UE

Numa época em que a UE se desagrega, em que se rompem os laços que laboriosamente tinham sido atados ao longo de décadas, numa altura em que os países ricos abandonam os pobres e, pior que isso, os desprezam ostensivamente e castigam imoderadamente, é nesse momento que esta desconjuntada união recebe, incrédula, um prémio por ações passadas (e nas quais os atuais dirigentes não se reveem). Apanhados de surpresa, os dirigentes europeus esforçaram-se por mostrar que ficaram encantados. E na cerimónia de entrega em Oslo, a que compareceram em massa (até o nosso representante lá foi, desperdiçando dinheiros públicos), quiseram-me mostrar-se uma família unida, de mãos dadas ricos e pobres, felizes e confiantes num futuro sem amanhã. Sabiam todos bem que aquilo era uma espécie de festa dos Natal dos hospitais: acabada a festa, volta a realidade, a nua e crua realidade.
O Comité Nobel considera-se feliz por promover a reconciliação de irmãos desavindos (nem que seja por uma tarde). E tem na agenda outros premiáveis: a NATO, o FMI, até a CIA, todos com um palmarés notável na proteção dos países fracos e na promoção dos pobres e necessitados. Tudo a bem da Paz!





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