06 junho 2016

 

Congresso do PS: algo de novo

Os congressos dos partidos costumam ser meramente aclamatórios, pré-anunciados e programados. Embora o congresso do PS ontem encerrado tenha seguido de alguma forma esse guião, a verdade é que teve momentos fortes, que importa reter. Em primeiro lugar, a afirmação do apoio ao ministro da Educação e a consequente recusa de cedência à direita quanto aos famigerados "contratos de associação" com as escolas privadas. Em segundo lugar, a (re)afirmação da aliança parlamentar que apoia o Governo, e a consequente confirmação da certidão de óbito do "arco da governação". Em terceiro lugar, e sobretudo, a explicitação de que o "europeismo" do PS não é de cedência ao neoliberalismo do PPE, que manda atualmente na Europa, mas de procura de uma alternativa a esse domínio. Isto é verdadeiramente novo. Pode parecer quixotesco para um país pequeno, mas a pura e simples submissão à Europa que a direita praticou entre 2011 e 2015 também não se mostrou afinal eficaz... Quem se agacha dificilmente se levantará alguma vez... Este, pequeno talvez (aparentemente), sinal de "rebeldia" pode ser o início de um outro caminho para a própria Europa. As eleições em Espanha podem dar um alento importante a uma alternativa...





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