03 julho 2016
Wolfgang Schauble
Wolfgang Schauble, como
toda a gente já viu, tem, do sangue ariano que lhe corre nas veias, um
irreprimível vezo imperial. Vai daí foi incapaz de açaimar a sua raiva contra o
actual governo português, por este supostamente não seguir a ortodoxia de Bruxelas
(ou de Berlim?), mais conhecida por “não há alternativa”, e quis malhar um
golpe assassino no pequeno país periférico, dizendo que este está “a pedir um
segundo resgate”.
Ele não tolera que um
paiseco do Sul, que já foi o melhor aluno da turma, fuja aos seus “diktats” e
ao marcial mando com que pensa reger, da sua cadeira ambulante, os destinos da
Europa, mas talvez consiga é arrebanhar ódio dos povos europeus, ódio contra si
e contra o país cuja vontade de império ele talvez pretenda encarnar.
Ontem, primeiro num
restaurante e depois, casualmente, na montra de um estabelecimento, onde se
apinhavam várias pessoas a ver o futebol, tive ocasião de verificar que quase
todas, se não mesmo todas, torciam pela Itália, numa espécie de sentimento
antigermânico.