01 setembro 2016
Dilma "impichada"
Foi seguido, é certo, o procedimento jurídico previsto na Constituição brasileira para a destituição do PR. Ainda assim, é justo falar de "golpe". Porque os factos provados (e que constituirão crimes de responsabilidade financeira) são claramente insuficientes e mesmo insignificantes para justificar a destituição de Dilma. A destituição foi um ato puramente político, cozinhado por uma ampla aliança da direita, que se prepara agora para destruir o legado jurídico e social do PT. Dilma defendeu-se com uma dignidade assinalável, mas a decisão já estava acertada entre as forças que se lhe opunham e que espreitavam a hora do ajuste de contas.
Dito isto, há que acrescentar que Dilma e o PT têm enormes responsabilidades no que aconteceu. O PT, pelas mãos de algumas das suas mais altas figuras, deixou-se envolver nas teias da corrupção, e depois tentou travar a investigação judicial sobre os factos, ambos procedimentos impróprios de qualquer partido de esquerda. E envolveu-se em alianças obscuras para se manter no poder, como se comprova com a aliança com o novo PR, este Michel que representa o que há de pior na política brasileira mas que foi escolhido por Dilma para "seu" vice-presidente no segundo mandato... O PT tem de cortar com o passado recente e certas figuras "históricas" terão de ceder o espaço a gente nova. O PT e toda a esquerda tem de reorganizar-se rapidamente para enfrentar o novo poder, a política que ele vai aplicar, não lhe valendo de nada continuar a derramar lágrimas sobre a decisão do Senado...
Dito isto, há que acrescentar que Dilma e o PT têm enormes responsabilidades no que aconteceu. O PT, pelas mãos de algumas das suas mais altas figuras, deixou-se envolver nas teias da corrupção, e depois tentou travar a investigação judicial sobre os factos, ambos procedimentos impróprios de qualquer partido de esquerda. E envolveu-se em alianças obscuras para se manter no poder, como se comprova com a aliança com o novo PR, este Michel que representa o que há de pior na política brasileira mas que foi escolhido por Dilma para "seu" vice-presidente no segundo mandato... O PT tem de cortar com o passado recente e certas figuras "históricas" terão de ceder o espaço a gente nova. O PT e toda a esquerda tem de reorganizar-se rapidamente para enfrentar o novo poder, a política que ele vai aplicar, não lhe valendo de nada continuar a derramar lágrimas sobre a decisão do Senado...