10 setembro 2018

 

O caso do Sporting

Parece ultrapassado o pesadelo que o Sporting viveu nestes últimos meses. Mas, embora à escala de um clube, o que se passou merece uma rápida reflexão, como fenómeno sintomático de uma realidade mais vasta.
O que se passou foi muito simplesmente que um indivíduo sem escrúpulos, chegando por via regular à presidência de uma instituição, subverte completamente o funcionamento da mesma, abafando todos os controlos internos e a crescente oposição mediante um apelo direto às bases, que manipulou com um discurso maniqueísta de diabolização do "inimigo interno" e assim conseguiu um poder quase absoluto, sustentado inclusivamente numa "guarda de choque" para atemorizar os "adversários" que agiu como bando organizado a fazer lembrar as "milícias" de outros tempos e paragens.
A megalomania, a embriaguez do poder, foi tanta que o pretendente a caudilho acabou isolado, e depois derrotado pelo voto.
Mas este caso é um exemplo dos caminhos sinistros do populismo. Ensaiado no futebol, este fenómeno pode vir a alastrar (ou não). Fica o exemplo para exmplo.





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