23 janeiro 2006

 

O julgamento dos portugueses

Para quem gosta dos rótulos políticos “direita/esquerda”, ficou a saber (se ainda tinha dúvidas) que o pulsar dos portugueses votantes (descontada a abstenção, arredondada para 37,4%, o que tem muita força) está quase ela por ela, embora com leve vantagem para a chamada “direita”.

Na assumida derrota da dita “esquerda”, procedendo aos respectivos agrupamentos, a divisão clássica é entre os conservadores, os alinhados e os desalinhados.
Claro que, nos tempos que correm, os conservadores da “esquerda” dificilmente chegarão ao poder mais apetecido.
As forças foram medidas entre os alinhados e os desalinhados.
Boas apostas, más apostas, apostas calculadas…

Colocando entre parênteses o vencedor (50,6%),
olhando apenas para o partido da governação (desde há quase um ano),
pesando votos na balança e continuando a arredondar: o que significa a divisão “oficial” dos 20,7% contra 14,3%?
Serão os “esclarecidos” ou os “cegos” protestos burgueses?
Será o fastio, o cansaço, a revolta dos invencíveis descontentes?
Não significará nada? Ou será melhor que não signifique nada?

Nestas presidenciais, os 1º e 2º lugares não alinharam na visível vontade da governação.
E, a abstenção vale mais do que a soma dos 2º e 3º lugares mais votados.

Assim, feitas as contas, poupados os custos da 2ª volta, segue-se o ambicionado namoro…
Cansados ou não com os atropelados e infindáveis discursos políticos (nada inovadores), há que esperar, sem surpresas, o futuro… e que sobre algum “piscar de olhos” para os portugueses!





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