07 janeiro 2006
A transparente estratégia na relação dialéctica…
Quem deambular hoje pelo Expresso apercebe-se, por exemplo, que existe uma relação de especial “dialéctica” entre o Ministério da Cultura e (para já…) os Ex-Director e Ex-Presidente de conhecidos organismos culturais: o Teatro Nacional D. Maria II e o CCB.
Fazendo fé nas notícias, todos ficamos a saber que, por um lado, António Lagarto terá tomado conhecimento da sua demissão através dos jornais e, por outro, João Fraústo da Silva dirá que a sua exoneração foi ilegal.
Será que temos (nós, os que pagamos os devidos impostos) de continuar a sustentar as cores da “intervenção” cultural? Será que a Cultura deverá submeter-se a orientações políticas? O que é a Cultura e como a devemos “gerir”?
Afinal, o que se passa com as nomeações governativas? O que é que está em jogo? O que ditou, anteriormente, a nomeação dos agora demitidos ou exonerados?
O essencial é a competência, a eficácia e o interesse nacional ou a colocação estratégica em função de v.g. superiores interesses partidários?
O que todos vão dizendo - quer no passado, quer no presente - é que há um cíclico “roulement” e uma ambígua ligação perigosa entre determinadas pessoas e certos cargos “interessantes”, consoante o partido A ou o partido B chega ao poder.
Também não são nenhuma novidade as verdadeiras ou falsas demissões, por vezes “convenientes” – tantas vezes com custos financeiros insuportáveis para cofres tão vazios – e a sua publicitação surpreendente através dos media.
Ficamos é sem saber quem fala verdade ou mente. E, as meias verdades muitas vezes encobrem mentiras.
O certo, certo, é que os dados são lançados com verdade ou mentira ou ambas à mistura mas, depois, já não interessa saber o resultado desse lançamento…talvez isso já não seja a notícia que vende, ou então, é o desinteresse interessado…
Mas, divagando, agora, para a confiança política, parece (na minha ignorância assumida), que poderá, enfim, ser um factor a ponderar em determinadas nomeações políticas mas, por certo, não se poderá sobrepor à competência e à eficiência, nem tão pouco ao interesse nacional.
Também não se poderá confundir a cor do poder da governação com «privilégios políticos» da mesma coloração, esteja quem estiver a exercer esse poder.
Se a pessoa que exerce determinada função é competente, necessariamente que terá de se pautar pela rectidão, pela isenção, merecendo a confiança geral. A maior dificuldade está em encontrar os competentes e, depois, convencê-los a aceitar as nomeações…
Com este "post" não se pretende pôr em causa a competência dos nomeados ou dos demitidos ou exonerados mas, tão só, chamar à atenção para a forma como tudo se vai processando por todo o lado, quer no passado, quer no presente, por ciclos…
Claro que o cidadão vai continuar a perguntar: aonde está a tão propagandeada transparência? Quem fala verdade? Os jornais, os políticos ou os demitidos e exonerados? O que os move? Serão todos iguais? Mas quem é que tem razão? Já foram feitas as necessárias mudanças profundas? E porque não são feitas?
Eu também não sei!? Mas estou à espera (claro que sentada) de ver realizadas as ambicionadas mudanças.
Fazendo fé nas notícias, todos ficamos a saber que, por um lado, António Lagarto terá tomado conhecimento da sua demissão através dos jornais e, por outro, João Fraústo da Silva dirá que a sua exoneração foi ilegal.
Será que temos (nós, os que pagamos os devidos impostos) de continuar a sustentar as cores da “intervenção” cultural? Será que a Cultura deverá submeter-se a orientações políticas? O que é a Cultura e como a devemos “gerir”?
Afinal, o que se passa com as nomeações governativas? O que é que está em jogo? O que ditou, anteriormente, a nomeação dos agora demitidos ou exonerados?
O essencial é a competência, a eficácia e o interesse nacional ou a colocação estratégica em função de v.g. superiores interesses partidários?
O que todos vão dizendo - quer no passado, quer no presente - é que há um cíclico “roulement” e uma ambígua ligação perigosa entre determinadas pessoas e certos cargos “interessantes”, consoante o partido A ou o partido B chega ao poder.
Também não são nenhuma novidade as verdadeiras ou falsas demissões, por vezes “convenientes” – tantas vezes com custos financeiros insuportáveis para cofres tão vazios – e a sua publicitação surpreendente através dos media.
Ficamos é sem saber quem fala verdade ou mente. E, as meias verdades muitas vezes encobrem mentiras.
O certo, certo, é que os dados são lançados com verdade ou mentira ou ambas à mistura mas, depois, já não interessa saber o resultado desse lançamento…talvez isso já não seja a notícia que vende, ou então, é o desinteresse interessado…
Mas, divagando, agora, para a confiança política, parece (na minha ignorância assumida), que poderá, enfim, ser um factor a ponderar em determinadas nomeações políticas mas, por certo, não se poderá sobrepor à competência e à eficiência, nem tão pouco ao interesse nacional.
Também não se poderá confundir a cor do poder da governação com «privilégios políticos» da mesma coloração, esteja quem estiver a exercer esse poder.
Se a pessoa que exerce determinada função é competente, necessariamente que terá de se pautar pela rectidão, pela isenção, merecendo a confiança geral. A maior dificuldade está em encontrar os competentes e, depois, convencê-los a aceitar as nomeações…
Com este "post" não se pretende pôr em causa a competência dos nomeados ou dos demitidos ou exonerados mas, tão só, chamar à atenção para a forma como tudo se vai processando por todo o lado, quer no passado, quer no presente, por ciclos…
Claro que o cidadão vai continuar a perguntar: aonde está a tão propagandeada transparência? Quem fala verdade? Os jornais, os políticos ou os demitidos e exonerados? O que os move? Serão todos iguais? Mas quem é que tem razão? Já foram feitas as necessárias mudanças profundas? E porque não são feitas?
Eu também não sei!? Mas estou à espera (claro que sentada) de ver realizadas as ambicionadas mudanças.