25 fevereiro 2006

 

Nem tudo o que parece é…ainda Frida Kahlo

Quando referi, neste blogue, a exposição de Frida Kahlo pretendi fazer dois tipos de exercícios:
- o primeiro (que se prende com a minha ignorância informática…) era a experiência (autodidacta) de escrever um texto acompanhado de uma imagem;
- o segundo era apenas chamar à atenção para um acontecimento cultural (que para meros ”leigos” - como eu que gostam de ver pintura - é sempre uma atracção apesar das possíveis apreciações subjectivas, fundamentadas ou não, que cada um é livre de fazer) relativo a uma exposição que passara pela Tate Modern (aí mais ampla do que a que vem para o CCB) e pela Fundacíon Caixa Galicia (Santiago de Compostela).

E, quando escolhi reproduzir aquele quadro em concreto, pensei em duas coisas:
- por um lado a sua relação com o tema da violência familiar (certamente uma matéria interessante para qualquer jurista);
- e, por outro, lembrei-me “cínica” e criticamente (com todos os meus defeitos e limitações, próprios da natureza humana…por isso talvez «estupidamente») que algumas decisões judiciais (com todo o respeito que lhes é devido) até podiam ser acompanhados graficamente de algumas ilustrações. Claro que, perante aquele quadro, salvaguardando as devidas distâncias, de imediato me veio à memória o publicitado Ac. do STJ de 27/5/2004 (CJ STJ 2004, II, 204 ss., que também pode ser consultado em www.dgsi.pt), nomeadamente, quanto a algumas considerações feitas a nível da medida concreta da pena (simplificadamente, só para identificar o caso em questão, faria a referência: “violação de deveres conjugais versus desconfianças de fidelidade”).

Porém, para não correr o risco de poder estar a sugerir qualquer tipo de interpretação ou leitura (omitindo estas «cogitações»), socorri-me do livro que indiquei (Kahlo, Andrea Kettenmann, Taschen, Público, 2004, p. 39), onde colhi a informação objectiva que coloquei no posted em questão (depois que cada um fizesse o seu trabalho e lê-se o quadro como entendesse).

No entanto - não obstante procurar não incutir «ideias formadas» a quem quer que fosse, pretendendo tão só transmitir objectivamente o acontecimento (pensando eu que talvez este fosse um começo para podermos passar a ver grandes exposições em Portugal…) - no posted abaixo deste foi feita uma interpretação de uma leitura que eu não fiz, nem pretendi fazer.
Daí esta minha resposta, pedindo desde já desculpa por esta irreverência…

De qualquer forma, agradeço a leitura feita e… quanto a “sobressaltos feministas”, aproveito para recordar o também célebre acórdão conhecido pelo «macho ibérico», que hoje em dia, no mesmo tom cínico e crítico, faria acompanhar da publicidade da Galp energia relativa à «miúda do gás»….





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