27 maio 2006
O carrilhismo
Pego na deixa do Artur Costa. Mas o meu ponto de vista é um pouco diferente. Vejamos. Carrilho tentou trazer uma receita nova para a política: um enxerto erudito numa cepa populista. O resultado foi um populismo aberrante que a breve trecho se esgotou. E sem maior glória do que a de um outro infortunado, Santana Lopes, outro "ansioso de consideração social".
Fazem sorrir agora as queixas de Carrilho contra a comunicação social. Quem dela beneficiou tão copiosamente, utilizando para tanto truques tão vulgares como a imagem sedutora da namorada e agora mulher, como pode agora arvorar-se em vítima? Foi ele que arranjou a lenha toda para a fogueira.
E o livro "Sob o signo da vaidade" (ou "verdade", já não sei bem) faz-me lembrar aquelas estrelas cadentes do cinema que, para se fazerem lembradas, armam escândalos, fazem queixas à polícia, metem acções nos tribunais, etc., para virem nas manchetes. E Carrilho teve todas as manchetes e mais alguma (a do "Prós e contras"). Não tem portanto razão para se queixar agora.
Fazem sorrir agora as queixas de Carrilho contra a comunicação social. Quem dela beneficiou tão copiosamente, utilizando para tanto truques tão vulgares como a imagem sedutora da namorada e agora mulher, como pode agora arvorar-se em vítima? Foi ele que arranjou a lenha toda para a fogueira.
E o livro "Sob o signo da vaidade" (ou "verdade", já não sei bem) faz-me lembrar aquelas estrelas cadentes do cinema que, para se fazerem lembradas, armam escândalos, fazem queixas à polícia, metem acções nos tribunais, etc., para virem nas manchetes. E Carrilho teve todas as manchetes e mais alguma (a do "Prós e contras"). Não tem portanto razão para se queixar agora.